
A poda drástica de aproximadamente 30 árvores no entorno da Escola Municipal Cândido Brasil Estrela, em Mirassol, provocou forte reação da população nesta semana. Moradores e pais de alunos recorreram às redes sociais para questionar a intervenção, considerada excessiva e sem transparência. A repercussão ganhou força após uma publicação do jornalista Jair Lemos, que compartilhou imagens e criticou a remoção das árvores.
“Tem explicação plausível pra isso? Cerca de 30 árvores foram decepadas ao redor da Escola Cândido Brasil Estrela, sem qualquer sinal de doença. Como ensinar aos alunos a importância de preservar o meio ambiente?”, publicou o jornalista em sua página no Facebook. O post rapidamente gerou dezenas de comentários, compartilhamentos e manifestações indignadas.
O Mirassol Conectada entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura que enviou uma nota à imprensa justificando a intervenção. Segundo a administração municipal, a supressão e a poda das árvores foram autorizadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura após avaliação técnica. A pasta afirma que o procedimento é necessário para garantir a segurança no entorno da unidade escolar e permitir o início das obras de reforma da área externa.
Ainda conforme a nota, a Polícia Ambiental esteve no local e constatou que a operação está regular e dentro das normas ambientais. As árvores removidas eram da espécie oitiz, considerada não nativa e de fácil reposição. A Prefeitura argumenta que muitas delas apresentavam risco aos pedestres, devido ao comprometimento da calçada, que estava irregular e danificada, oferecendo perigo de quedas. Outro ponto citado é que a densidade das copas prejudicava a iluminação e a visibilidade, aumentando riscos de segurança.
A reforma da área externa da escola prevê a reconstrução das calçadas, instalação de novas guias, substituição total do muro e troca de grades e portões. Após as obras, o município promete realizar o plantio de novas árvores, escolhidas entre espécies menores, de manutenção mais simples e que não interfiram na rede elétrica, garantindo melhor iluminação noturna.
Apesar da justificativa oficial, o episódio reacendeu o debate sobre equilíbrio entre urbanização, segurança e preservação ambiental. Moradores seguem cobrando maior diálogo e transparência em decisões que impactam diretamente o espaço urbano e a qualidade de vida na cidade.


























