Agosto Verde Claro: médica veterinária faz conscientização sobre leishmaniose, PIF, FIV e FELV


Médica veterinária Jessica Elias faz conscientização sobre leishmaniose, PIF, FIV e FELV (foto: divulgação)

“Agosto Verde Claro” é o mês dedicado à conscientização sobre doenças tropicais e virais que afetam cães e gatos. Para trazer orientações sobre o tema, o Mirassol Conectada conversou com a médica veterinária Jessica Elias, que realiza um alerta aos tutores sobre quatro condições graves que exigem atenção especial: leishmaniose, PIF, FIV e FeLV.

O apelo da veterinária Jessica é claro: mesmo pets mostrando-se saudáveis precisam ser testados com regularidade, vacinados conforme seu histórico e mantidos em um ambiente controlado e desinfetado. Conheça melhor cada uma das doenças citadas pela profissional e como evitar o contágio e a transmissão.

Leishmaniose também pode afetar humanos e felinos

A leishmaniose visceral canina, zoonose transmitida por mosquitos palha (flebotomíneos), embora mais comum em cães, também pode afetar humanos e felinos. De acordo com a médica veterinária, a transmissão da doença acontece pela picada de fêmeas infectadas e pode ser prevenida com o uso de coleiras e pipetas repelentes. Já em animais infectados, o uso de ambos os métodos citados anteriormente é necessário como forma de prevenção de contágio.

Ambientes limpos e livres de matéria orgânica também é outro ponto crucial, já que o vetor de proliferação se reproduz em lugares sujos.

PIF

Veterinária Jessica Elias esclarece sobre doenças tropicais que afetam cães e gatos (foto: divulgação)


A peritonite infecciosa felina (PIF) se trata de uma mutação do coronavírus felino normal, nesse caso não há vacina nem cura, porém de acordo com a médica veterinária Jessica Elias, atualmente há tratamento eficaz, por isso a importância de estar atento aos sinais e levar o gato para atendimento veterinário em qualquer suspeita.

Na maioria dos casos, o coronavírus felino causa apenas diarreia leve ou nenhum sintoma, no entanto, em alguns gatos, principalmente os mais jovens, submetidos a algum tipo de estresse ou com o sistema imunológico comprometido, o vírus pode sofrer mutações e se transformar na forma responsável pela PIF.

Quando isso acontece, o corpo causa uma reação inflamatória intensa, principalmente em órgãos internos. Entre os sintomas estão acúmulo de líquidos no abdômen, barriga inchada, dificuldade para respirar, febre persistente e perda de peso. No caso da PIF seca, não há acumulo de líquidos, porém há lesões em órgãos como fígado, rins olhos ou sistema nervoso, além de sintomas graves como tremores, convulsões, cegueira, icterícia e apatia.

De acordo com a veterinária, o diagnóstico consiste em uma combinação de fatores como exames e testes para coronavírus felino. Nos últimos anos, surgiram tratamentos promissores, porém são longos e ainda possuem custos elevados.

A prevenção pode ser feita evitando aglomeração de gatos, boa higiene de caixas de areia, isolamento dos animais com teste positivo, redução de estresse e fortalecimento do sistema imunológico.

FIV e FelV

A FIV (vírus da imunodeficiência felina) e FeLV (leucemia felina) são doenças virais graves que afetam os gatos, causadas por vírus diferentes e com características distintas, elas comprometem diretamente o sistema imunológico do animal.

A FIV é transmitida por mordidas, é popularmente chamada de “AIDS felina” e não se trata de uma zoonose, ou seja não é transmitida para seres humanos. O contágio acontece principalmente durante brigas entre gatos, por isso a importância da castração de gatos adultos, principalmente machos com acesso às ruas.

A doença pode ser assintomática por anos, manifestando-se com o tempo, causando perda de peso, infecções recorrentes, gengivite, estomatite, febre persistente e apatia. Gatos diagnosticados com FIV podem ter boa qualidade vida, desde que vivam em ambientes seguros, recebam alimentação de qualidade e tenham acompanhamento veterinário regular.

Já a FeLV é transmitida pela saliva, urina, fezes ou leite de felinos infectados, a veterinária explica que a doença pode ser agressiva e que o melhor método de prevenção da doença é por meio da vacinação anual. Os sintomas são anemia, cansaço, perda de peso, infecções frequentes, linfoma (câncer), problemas neurológicos. A doença não tem cura, porém os gatos positivos podem viver por anos recebendo os cuidados adequados.

Ambas as doenças são diagnosticadas por meio de testes rápidos do tipo ELISA (com confirmação por PCR quando necessário).

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Sobre a profissional

Jessica Elias (foto: divulgação/arquivo pessoal)

Jessica Aparecida Elias tem 28 anos, ela é médica Veterinária, formada em 2019 pela UNIRP e em especializada em cirurgias em cães e gatos pela Anclivepa-SP. Ela também atua como pet sitter e realiza consultas e atendimentos domiciliares para aplicação de vacinas e avaliações clínicas.
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