Um dos maiores ataques a tiro da história moderna dos Estados Unidos reascendeu uma velha discussão na cúpula do governo americano nesta semana. No último domingo, um homem abriu fogo contra milhares de pessoas que acompanhavam um festival de música country, ele atirou do 32º andar do hotel em que estava hospedado, deixando 59 mortos e mais de 500 feridos. Ele cometeu suicídio pouco após a chacina. As causas que motivou o homem a cometer o crime ainda são um mistério.
Após o ataque, o presidente dos EUA, Donald Trump, concedeu entrevista nesta terça-feira afirmando que o autor dos ataques era um homem doente. Trump admitiu também que a legislação americana sobre armas poderá ser discutida em breve. “Nós iremos falar sobre leis de arma com o passar do tempo”, disse.
Os Estados Unidos atualmente é um dos países com legislação mais flexível em relação ao comércio e porte de armas de fogo para cidadãos comuns. Porém os recentes ataques têm provocado discussões quanto a política americana de controle de armamento. Em 2016 um atirador deixo 49 mortos em uma boate na cidade de Orlando.
Só em 2017, de acordo com a ONG Gun Violence Archive, foram 273 ataques com armas de fogo, quase 1 por dia. O saldo é mais de 300 pessoas mortas e outras 1.400 ficaram feridas. Somente nos EUA, cerca de 55 milhões de pessoas possuem armas.
Donald Trump já havia declarado anos atrás que era a favor de um maior controle do comércio e porte de armas para a população em geral, mas mudou seu posicionamento a partir do momento que passou a considerar sua candidatura à presidência dos EUA, se unindo ao grupo NRA (Associação Nacional do Rifle em inglês). A associação chegou a doar 33 milhões de dólares para campanha do republicano em 2016.