ARTIGO: Mobilidade, os novos desafios de uma nova região metropolitana

Por Giovani Oliveira Vera

São José do Rio Preto (foto: google/reprodução)

São José do Rio Preto se aproxima de seus 500 mil habitantes, tratando-se de um importante centro regional, onde várias cidades menores a orbitam, dependendo dessa cidade central para várias funcionalidades. No ano passado, de 2021, Rio Preto e seu entorno ganhou um novo status, subindo de patamar, com a criação da região metropolitana de São José do Rio Preto. Rio Preto e seu entorno vem ganhando cada vez mais importância no cenário estadual, o que impulsionou na criação dessa região metropolitana. A região vem passando por um rápido processo de crescimento demográfico e expansão urbana, o que vem levando a outro fenômeno, a conurbação, ao qual duas ou mais cidades se fundem, formando uma única área urbana.

Mirassol nesse cenário de novos tempos que os bons ventos sopram, encaixa-se como uma das mais importantes cidades da recém criada região metropolitana, a cidade é uma das que está conurbando com Rio Preto, se tratando também da 2° maior cidade da região metropolitana, com uma população de mais de 60 mil habitantes e uma área urbana em expansão, de 26 km2. Mirassol se classifica como a segunda maior cidade tanto em população quanto em área urbana, perdendo apenas para São José do Rio Preto.

As expectativas para essa nova década são empolgantes, a região vem ganhando novos contornos e, com os crescimentos de ordem demográfica e urbana, surgem maiores pressões para maiores investimentos estruturais. Mirassol como citei, possui uma grande relevância no âmbito regional, porém a cidade ainda vive nos moldes antigos no que diz respeito à mobilidade urbana e estrutural. É preciso a mobilização de toda sociedade mirassolense para que a cidade entre nesse novo tempo de progresso.

Atualmente não vemos adequação estrutural diante da ebulição demográfica da cidade, Mirassol necessita, mais do que nunca, de uma profunda reforma no seu sistema de transporte público. Novas linhas de ônibus e uma organização melhor dessas linhas se faz necessário, além da reforma da rodoviária de onde sai ônibus de viagem, para cidades vizinhas e para os bairros. Seria mais do que interessante, o surgimento de novas linhas organizadas por zonas urbanas, a cidade clama por um melhor planejando urbano e o investimento organizado por zonas urbanas, é uma grande estratégia de desenvolvimento.

Lembrando que essa cidade é a segunda maior da recém criada região metropolitana de Rio preto e ainda presenciamos um transporte público defasado da época em que a cidade era muito menor em território urbano. Além da estagnação que se encontra Mirassol, vemos novos desafios para o desenvolvimento regional, como a necessidade da renovação do trajeto da linha de ônibus Mirassol-Rio preto, sendo necessário a criação de novo trajeto adentrando a zona norte, pois boa parte da população dessa região da cidade, habita longe do ponto mais próximo para Rio Preto, além da necessidade de novas linhas e trajetos, há uma necessidade da criação de novas vias que ligue Mirassol á São José do Rio Preto, sendo as duas cidades muito próximas e o fluxo crescente entre as duas.

Previsões para o futuro apostam numa região metropolitana mais integrada e desenvolvida, como a ideia de uma linha de VLT entre Mirassol e Cedral, passando por Rio Preto de uma ponta a outra. Enquanto isso não acontece, é nosso direito cobrar por novos investimentos, para um futuro próximo, necessitaremos no mínimo de novos trajetos e mais linhas de ônibus que interligue São José do Rio Preto à diversas cidades em seu entorno.

Giovani Oliveira Vera - nascido em Osasco, no ano de 1987. Aos 11 anos descobre sua paixão pela Geografia e aos 14 anos se muda de sua cidade natal para o interior. Aos 20 anos realiza seu sonho de cursar geografia, sendo atualmente um professor e geógrafo formado.