Assassino de Luana é condenado a 22 anos de prisão por Feminicídio

 

Luana foi assassinada pelo ex-namorado em dezembro de 2018 (arquivo pessoal)

 

Em 2018, em uma data próxima ao Natal, um crime bárbaro chocou não só a moradores de Mirassol, como de toda região. Uma jovem, de apenas 19 anos, foi vítima de Feminicídio, assassinada pelo ex-namorado, que não aceitava o fim do relacionamento. Oito meses depois, seu assassino – Anderson Padilha Zanelato, 33 anos, foi condenado pelo crime em primeira instância a 22 anos de prisão em regime fechado.

A condenação foi definida após o caso ir Júri Popular na última quinta-feira, 22 de agosto, no Fórum de Mirassol. O autor do crime, que está preso desde dezembro, ainda poderá entrar com recurso. À época do crime, Anderson foi apontado como principal suspeito, pois vivia um relacionamento conturbado com a vítima. Após a localização do corpo e demais provas reunidas durante a investigação, ele confessou ter matado Luana, motivado por ciúmes e por não aceitar o fim da relação.

Luana saiu de casa para o trabalho em uma quarta-feira, no dia 19 de dezembro de 2018 e não retornou mais. Inicialmente, os familiares registraram boletim de ocorrência por desaparecimento e iniciaram uma campanha nas redes sociais, a fim de descobrir o paradeiro dela. Dois dias depois, em 21 de dezembro, seu corpo foi localizado em uma estrada rural por uma testemunha que acionou a polícia.

Segundo informações divulgadas à época, o dia estava chuvoso e por este motivo, Luana solicitou um carro por meio de um aplicativo de transportes, no entanto ela cancelou a corrida logo em seguida. Câmeras de segurança instaladas em uma residência onde a jovem morava com a família registraram o momento em que o ex-companheiro chegou ao local no carro dele, a vítima então entra no veículo, acreditando se tratar de uma carona até o trabalho.

Anderson não foi honesto com os familiares, já que no início das investigações ele alegou não ter tido contato com Luana, chegando até mesmo a ir no endereço da vítima para obter notícias atualizadas sobre o paradeiro dela com a família, demonstrando não saber o que poderia ter acontecido a ela.

Anderson detalhou à polícia que estrangulou a mulher e em seguida bateu em sua cabeça com um bloco de concreto. No início ele também declarou que utilizou o fio de um carregador celular para cometer o crime.