Cirurgião mirassolense realiza a primeira artroplastia, cirurgia de prótese de tornozelo de Rio Preto

É o mais moderno procedimento cirúrgico em utilização na medicina para substituição do tornozelo e oferece vários benefícios ao paciente em comparação a outros

Dr. Márcio Figueiredo, médico do Austa Hospital, é especialista em cirurgia de pé e tornozelo pela ABTPÉ (Foto: Divulgação)
publicidade

O médico mirassolense Márcio Figueiredo, especialista em cirurgia de pé e tornozelo pela ABTPÉ, realizou, neste sábado (24), no Austa Hospital, a primeira cirurgia de prótese de tornozelo de MIrassol e Rio Preto, a mais moderna em utilização na medicina, que oferece vários benefícios ao paciente em comparação a outros procedimentos. A cirurgia chamada artroplastia foi feita na advogada Geisa Caroline Rodrigues da Silva, de 44 anos, moradora de Rio Preto, para substituir a articulação de seu tornozelo direito, inoperante devido à artrose, por uma prótese metálica super-resistente, feita de cromo cobalto e polietileno.

Desde 2006, quando sofreu um acidente de carro, Geisa perdeu os movimentos do tornozelo e, ao saber da artroplastia, decidiu fazer. “A grande vantagem da prótese é que, sendo articulada, ela mantém ou recupera os movimentos do tornozelo. É uma das alternativas terapêuticas quando ocorre a artrose da articulação”, explica Dr. Márcio Figueiredo, médico do Austa Hospital, especialista em cirurgia de pé e tornozelo pela ABTPÉ. A cirurgia de prótese de tornozelo é indicada para pacientes cujo tornozelo sofreu algum trauma e, para este, não existem mais tratamentos não cirúrgicos. “Esta paciente sente dores no local, perda de movimentos, perda de qualidade de vida e a única solução é a cirurgia”, pontua Dr. Márcio.

Geisa teve alta hospitalar domingo, somente um dia após a cirurgia, tempo curto de internação considerando a complexidade do procedimento. “A cirurgia foi tranquila e agora estou com muita esperança de recuperar os movimentos do tornozelo e minha qualidade de vida. Não vejo a hora de movimentar o pé!”, disse a advogada.

A curta internação pós-operatória é um dos benefícios desta moderna técnica cirúrgica para os pacientes. Segundo Dr. Márcio, a cirurgia foi um sucesso, pois todo o processo foi realizado em um único dia, sem necessidade de transfusão de sangue ou internação em UTI. O procedimento é uma alternativa à cirurgia de artrodese, que envolve a fusão da articulação, resultando na perda de movimento do paciente.

“Ao preservar a articulação, a artroplastia oferece melhor qualidade de vida ao paciente, pois ele mantém o movimento da região, realizando atividades do dia a dia com flexibilidade da articulação”, ressalta o médico.

A artrose do tornozelo é, geralmente, resultante de um processo iniciado por entorse, contusão ou fratura do local, por exemplo, e atinge, em sua maioria, pacientes mais jovens. Diferente da artrose no joelho ou no quadril, que acometem mais os idosos devido ao desgaste desenvolvido pelo tempo de vida, e não por traumas acidentais.

No tornozelo atingido, a cartilagem protetora entre os ossos se desgasta gradualmente, havendo um contato direto entre os ossos. Este causa a inflamação (artrite), provocando dor, edema e dificuldade para mover o tornozelo, comprometendo progressivamente a marcha. Esse desgaste da articulação é progressivo e compromete a qualidade de vida do paciente.

Dr. Márcio salienta que a artroplastia não é a única alternativa terapêutica para este problema articular. Há também os tratamentos não cirúrgicos e conservadores, como fisioterapia, medicamentos, exercícios físicos, infiltrações, entre outros. “Quando a artrose entra em estado mais severo, estes cuidados não funcionam mais, a indicação é o procedimento cirúrgico para devolver qualidade de vida ao paciente”, afirma o médico do Austa Hospital.

A paciente terá acompanhamento do cirurgião para avaliar a evolução clínica e decidir quando irá liberá-la para atividades físicas e tarefas do dia a dia que dependam do esforço do local operado. “O tempo de recuperação depende de cada indivíduo e da gravidade da artrose, porém, em média, de 20 a 30 dias, o tornozelo ficará imobilizado, o pé e a perna ficarão elevados até a retirada dos pontos. Dr. Márcio prevê que, em cerca de três meses, Geisa já poderá voltar às suas atividades normais, podendo também ser indicada reabilitações, fisioterapias, entre outros exercícios durante esse processo.