Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo e Grande – CBH TG, aprovou em reunião extraordinária na tarde desta quarta-feira, 14/12, o Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivos Relatórios de Impacto Ambiental – RIMA para a implantação do Contorno Ferroviário de São José do Rio Preto. De acordo com o prefeito Edinho Araújo, que é presidente do Comitê Turvo/Grande e coordenou a reunião, essa é mais uma etapa do processo para a construção do contorno, que é muito esperado pela população de Rio Preto e região. “É uma obra necessária que virá em boa hora e deve ser comemorada. O estudo de impacto ambiental passou pela análise e pareceres das câmaras técnicas dos comitês para ser aprovado”, destacou o prefeito Edinho. A Secretária do Meio Ambiente e Urbanismo, Kátia Penteado, que também é membro do Comitê também participou da reunião.
Projeto do contorno
O empreendimento foi apresentado pela Rumo Malha Paulista S.A., responsável pelo processo de renovação da concessão da Malha Ferroviária Paulista, em novembro último e indica como alternativa o deslocamento do fluxo ferroviário das áreas urbanas dos municípios de Cedral, Bady Bassitt, Rio Preto e Mirassol; que atualmente gera riscos à população do entorno da linha férrea, além de limitar a sua capacidade de transporte de carga.
O projeto foi elaborado com vistas à redução das interferências em áreas urbanas, minimização de impactos ambientais e aumento da eficiência energética. O traçado, que é uma antiga reivindicação de toda a população de Rio Preto, terá extensão de 51,92 km, com um total de 22 obras de artes para eliminação de conflitos urbanos. Tem investimentos previstos atualmente da ordem de R$ 694 milhões, com implantação num prazo de 38 meses, gerando ainda 1.330 empregos durante a sua execução.
Atualmente, o trecho urbano da ferrovia em Rio Preto encontra-se próximo da saturação da sua capacidade operacional. Tendo em vista as perspectivas de aumento da população urbana e demandas econômicas, sociais e ambientais, de acordo com a Rumo, a manutenção do atual traçado implicaria no agravamento das condições de pressão urbana já existentes. Limitando, também, o potencial desenvolvimento social e econômico do município e da ferrovia.
Impactos e mitigação
O traçado, conforme esclareceram os técnicos, passa majoritariamente por áreas rurais e com menor densidade demográfica. Nos pontos de cruzamento com vias de acesso, são projetadas estruturas para passagem inferior ou superior de veículos. Soma-se a isto, a otimização do traçado, com rampas e raios de curvaturas suavizadas.
As características, como indica o projeto, favorecerão a livre circulação entre a ferrovia e as estradas, bem como a elevação da velocidade média operacional. O novo contorno contribuirá para aumento da capacidade de transporte e eficiência energética, com redução no consumo de diesel e a diminuição de aproximadamente 2.800 toneladas de CO2 na atmosfera. A desativação do transporte de cargas em trechos urbanos, representa uma oportunidade de novos negócios e atividades para o município e a população, uma vez que podem ser criados parques lineares, áreas de lazer e comércio. Os trilhos atuais poderão ser utilizados para o transporte de passageiros.