O mundo está com os olhos voltados para o Brasil. Isso porque lideranças políticas, instituições, organizações e especialistas em meio ambiente e sustentabilidade estão na COP30, realizada em Belém do Pará, esta semana.
Entre tantos temas relevantes, um dos destaques é saneamento básico. De acordo com o instituto Trata Brasil, a falta de acesso à água potável impacta 16,9% dos brasileiros e 44,8% não possuem coleta de esgoto, refletindo em problemas na saúde, produtividade no trabalho, valorização imobiliária, turismo e na qualidade de vida da população, impactando profundamente o desenvolvimento socioeconômico do país.
Em Mirassol, o cenário é diferente. Isso porque, devido aos investimentos da Sanessol, empresa do grupo Iguá Saneamento e Aviva Ambiental, 100% da população tem acesso à água tratada e 100% do esgoto gerado na área urbana é tratado, desde 2019, de acordo com as exigências do Ministério da Saúde e Cetesb.
Desta forma, Mirassol é destaque nacional neste setor e, em especial, em um assunto urgente: soluções para diminuir a perda de água.
Atualmente, a cidade registra perdas significativamente inferiores à média nacional, mostrando que boas práticas locais também caminham em sintonia com a agenda global.
Segundo o estudo “Perdas de Água 2024″, elaborado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a Water.org, 37,78% da água é perdida antes de chegar às residências brasileiras. Esse número é alarmante: mais de 7,6 mil piscinas de água potável são desperdiçadas todos os dias. Em Mirassol, o índice é 22%, considerado excelente, de acordo com a portaria 490/2021 do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
Essa diferença demonstra o impacto positivo da adoção de medidas de eficiência operacional, monitoramento constante, tecnologia de detecção de vazamentos e campanhas de conscientização.
Para alcançar esse desempenho, a Sanessol implementa:
- Monitoramento diário por meio da técnica de mínima noturna, medindo pressão e vazão da rede antes do consumo ativo.
- Uso de haste de escuta mecânica nos cavaletes residenciais para identificar vazamentos ocultos.
- Aplicação de geofone para localizar com precisão vazamentos subterrâneos e permitir manutenção rápida.
- Ações de conscientização junto à população para identificação de vazamentos internos e combate a fraudes, reduzindo perdas aparentes.
Segundo a gerente operacional da Sanessol, Renata Ferrarese, outro fator fundamental é o investimento contínuo em estudos de modelagem hidráulica — ferramenta capaz de simular o comportamento dos sistemas de abastecimento e identificar com precisão possíveis vazamentos. “Com isso, conseguimos planejar e executar ações corretivas de forma muito mais eficiente”, explica.
“A combinação dessas práticas possibilita uma gestão mais eficaz dos recursos hídricos de Mirassol e fortalece a sustentabilidade do contrato de concessão — tanto financeira quanto ambiental”, explica Luis Guilherme Bizelli, diretor geral da Sanessol.