Neste mês de maio, a mirassolense Suzi de Paula enfrentou e superou mais um grande desafio: completar o Caminho da Fé de bicicleta em apenas oito dias. A motivação para essa jornada emocionante e de profunda devoção foi inspirada por sua amiga Elis, que lutou contra o câncer em 2023.
“Minha amiga e companheira de pedal Elis descobriu um câncer e passou por um tratamento em 2023. A cura dela, a paz da minha família e a minha devoção a Nossa Senhora foram a motivação para eu ir agradecer. Dessa vez em oito dias, porque Elis tinha um ciclo de quimioterapia para cumprir e, no final, foi muito dolorido. Um dia, eu rezei para a Santa e para Deus pedindo que aliviasse o sofrimento dela, e prometi que a quantidade de sessões que ela não fizesse seria a quantidade de dias que eu tiraria do Caminho da Fé”, conta Suzi.
Em 2023, Suzi já havia realizado o percurso em dez dias. Desta vez, o desafio foi ainda maior, exigindo mais esforço físico e mental devido ao tempo reduzido. “O meu maior desafio dessa vez foi a quantidade de horas que ficaria em movimentação e o tempo reduzido de descanso para o outro dia”, explica.
Para se preparar, Suzi contou com o apoio de uma equipe dedicada: musculação com Nayara Raveli, acompanhamento nutrólogo com Isa Calijuri, suplementação com o médico Fernanda Guirado, assessoria de treinos com a Briani Assessoria e fisioterapia com Vanessa Orlandeli. “Com essa equipe, eu me sinto preparada fisicamente. Quanto à minha cabeça, a fé e a gratidão são maiores que qualquer força externa”, afirma.
Os dias mais aguardados foram o sétimo e o oitavo, conhecidos pelo alto grau de dificuldade e ganho de elevação. Durante a jornada, Suzi enfrentou um momento crítico no sexto dia, quando sofreu uma queda grave em uma das descidas, ficando desacordada por alguns minutos. “Sofri muitas escoriações, meu capacete foi danificado, fiquei um período confusa sem saber o que havia acontecido. Mas levantei, subi na minha bike novamente e segui. Hoje tenho certeza que Nossa Senhora me envolveu com seu manto, Deus me sustentou”, relata.
Cada momento do percurso foi aproveitado ao máximo, seja nas interações com as pessoas que encontrou, nas pausas para descanso ou nas preces que fez por aqueles que pediram. Uma experiência marcante ocorreu em uma das subidas, chamada Caçador, quando Suzi viu um ciclista descendo sem as duas mãos. “Aquilo foi um tapa na minha cara: agradeça, você é perfeita. Vencer é o mínimo que você pode fazer”, refletiu.
Apesar dos desafios, a disciplina e o planejamento foram cruciais para o sucesso da missão. Suzi saiu de Mirassol no dia 2 de maio e chegou a Aparecida no dia 10 de maio, com uma parada para descanso em Águas da Prata. “Eu sabia que fazer esse caminho em oito dias seria desafiador. Tinha um plano B caso alguma intercorrência acontecesse. O apoio da minha família e amigos foi fundamental”, afirma.
Com a missão cumprida, Suzi expressa sua gratidão: “Consegui, Mãe, mais uma vez eu fui te visitar! Obrigada por tudo, obrigada por tanto! Missão cumprida!”.