O Dia do Rio, comemorado em 24 de novembro no estado de São Paulo e instituído pela Lei Estadual nº 11.275/1995, chama atenção para a importância da preservação dessas fontes. Entre tantos cuidados que os rios merecem, um ponto é essencial: municípios que investem em saneamento básico cuidam melhor dos seus rios — e Mirassol é um exemplo emblemático dessa transformação.
Quem mora na cidade lembra que, quando a Sanessol, empresa do grupo Iguá Saneamento e Aviva Ambiental, assumiu os serviços de água e esgoto da cidade em 2008, praticamente não havia tratamento de esgoto, assim os córregos Fartura, Piedade e Fundão recebiam esgoto in natura. Com investimentos contínuos e uma gestão técnica eficiente, esse cenário foi completamente revertido.
A virada aconteceu com a construção de três Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), que permitiram à cidade atingir a universalização do tratamento em 2019. O resultado é percebido diariamente na melhoria da qualidade da água dos córregos e na proteção do meio ambiente.
Para se ter ideia, são tratados todos os dias aproximadamente 12 milhões de litros de esgoto nessas três estações. Para exemplificar, esse volume encheria mais de cinco piscinas olímpicas. “Mirassol é um caso real de como o saneamento transforma cidades. A universalização do tratamento de esgoto mostra que gestão técnica e investimentos consistentes fazem toda diferença. É um orgulho fazer parte dessa história e seguir contribuindo para a preservação dos nossos”, afirma Luis Guilherme Bizelli, diretor geral da Sanessol.
Márcia Cristina Bisinoti, responsável pela disciplina de tratamento de efluentes líquidos da Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho, campus de São José do Rio Preto, acredita que a gestão da qualidade das águas dos rios só é possível por meio de investimentos em sistemas de tratamento de esgoto. Desde 2006, nós estamos acompanhando os locais em que estações de tratamento foram implantadas e percebemos a melhoria dos cursos d’água receptores dos efluentes tratados. Este fato só mostra que cidades como Mirassol e São José do Rio Preto estão no caminho certo”, afirma.
O papel essencial do Rio São José dos Dourados no abastecimento de Mirassol
Além da recuperação dos córregos Fartura, Piedade e Fundão, o avanço da infraestrutura de saneamento também trouxe impactos positivos para o rio São José dos Dourados — responsável pelo abastecimento de 30% da população de Mirassol.
O rio nasce no próprio município e percorre 334,5 km até encontrar o rio Paraná, passando por cidades como Magda e Pereira Barreto. Seu nome remete ao peixe Dourado, que era frequente no passado durante períodos de reprodução.
Em Mirassol, parte de sua água é armazenada em uma represa e conduzida para a Estação de Tratamento de Água, que abastece diretamente 15 mil moradores de bairros como Vila Moreira, Vila Maria, Cohab 1, Renascença, São José, San Diego, Centro, Fartura, Tedeschi, Santa Cruz, Navarrete, Nossa Senhora Aparecida e os conjuntos São Bernardo I, II e III.
Para reduzir a captação superficial e cuidar do rio, a Sanessol investe constantemente na perfuração de novos poços, na construção de reservatórios, além de estudos para aplicar melhorias na represa de captação. Antes, a dependência da água do rio era de 50%, e hoje é de 30%. Mirassol também conta com 66 poços, garantindo o abastecimento de 100% da cidade com segurança.
Educação ambiental como pilar de conscientização
Além do investimento em infraestrutura, a Sanessol desenvolve ações socioeducativas nas escolas, promovendo palestras, visitas guiadas, teatro e atividades musicais. O objetivo é despertar nas crianças e jovens a consciência sobre o uso responsável da água e a preservação dos rios — deixando um legado que vai além da operação.
“Todo investimento em saneamento retorna para a comunidade em forma de saúde, qualidade de vida e preservação ambiental. O trabalho que realizamos em Mirassol nas últimas décadas mudou a realidade dos nossos córregos e garantiu que rios como o São José dos Dourados continuem cumprindo seu papel no abastecimento da cidade. Cuidar da água é cuidar do futuro”, conclui Renata Ferrarese, gerente operacional da Sanessol.
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