Nesta quarta-feira, 17 de novembro, é celebrado o Dia Mundial da Prematuridade. A data foi criada com o intuito de alertar as gestantes sobre como prevenir os partos prematuros e informar sobre as consequências do nascimento antecipado para o bebê e para a família.
A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) estima que no Brasil, por ano, mais de 340 mil bebês nascem prematuros. No Hospital da Criança e Maternidade (HCM), de São José do Rio Preto, até outubro de 2021, foram realizados 2.661 partos prematuros; 13% a mais do registrado no mesmo período do ano passado, quando foram feitos 2.346 procedimentos.
O número de partos prematuros representa mais de 59% do total de partos realizados pela instituição neste ano. Por isso, o HCM Rio Preto é considerado referência em partos de alto risco, atendendo pacientes de mais de 100 municípios. Para atender essa demanda, o HCM conta com a maior UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal do interior paulista e a terceira maior do Estado, com 47 leitos.
São considerados prematuros, os bebês que nascem antes da gestação completar 37 semanas. Os recém-nascidos prematuros são classificados em três níveis: prematuro extremo (menores de 27 semanas), prematuros moderados (entre 28 e 31 semanas) e leves (entre 32 e 36 semanas).
Segundo a Dra. Maria Carmen Carvalho, pediatra e chefe da UTI Neonatal do HCM Rio Preto, em muitos casos, o parto prematuro pode, ser prevenido com um pré-natal adequado e iniciado precocemente. “A detecção de problemas maternos, que podem desencadear o parto prematuro, deve ser feita durante as consultas de pré-natal, incluindo avaliação de exames clínico-laboratoriais”, explicou a pediatra.
“Porém, há casos, em que mesmo realizando um pré-natal adequado, o bebê pode nascer prematuro, seja por doenças maternas graves ou por problemas do próprio bebê”, completou a Dra. Maria Carmen.
Após o nascimento, os bebês prematuros precisam de cuidados especiais, que começam no hospital e se estendem após a alta hospitalar, com o apoio e dedicação da família. Um dos cuidados oferecidos ao recém-nascido é colocá-lo em contato pele a pele com sua mãe, o chamado Método Canguru.
Em 2016, o HCM Rio Preto foi credenciado pelo Ministério da Saúde para realizar tratamento em recém-nascidos prematuros por meio do Método Canguru.
“O Método é um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro, onde o bebê de baixo peso é colocado em contato com sua mãe, trazendo vários benefícios, entre eles o estímulo ao aleitamento materno”, explica a Dra. Lilian Beani, pediatra e chefe da UCINCa (Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Canguru), do HCM Rio Preto.
Um dos pilares do Método Canguru é o estímulo ao aleitamento materno, incentivando a presença constante da mãe junto ao recém-nascido e o contato precoce com seu filho. Segundo o Ministério da Saúde, o leite materno reduz em 13% a mortalidade dos bebês; diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão; além de facilitar a formação do vínculo entre mãe e bebê.