“Devido à repercussão de nossa carta aberta, gostaríamos de nos posicionar frente a algumas questões e contestações levantadas, enquanto agradecemos à maioria incontestável de apoio e compreensão ao nosso posicionamento.
Em primeiro lugar, esclarecemos que houve um equívoco, por parte de alguns veículos de comunicação, na interpretação sobre os números de casos positivos dentre nossos colaboradores, confundindo os ‘afastados’ com ‘contaminados’. Mesmo neste momento de aumento de casos, a maioria dos afastamentos foram devido à ordem médica, onde o isolamento de nossos colaboradores foi determinado por conta de algum familiar ter testado positivo e/ou ter tido contato com alguém que testou positivo para a Covid-19. No exemplo da carta, onde citamos 57 afastados, apenas 19 testaram positivo.
Em segundo lugar, desde o início da pandemia, garantimos e seguimos todas as recomendações dos órgãos de saúde para diminuir as chances de contágio e tornar nosso ambiente de trabalho seguro.
Em terceiro, reforçar mais uma vez que, à rigor, não somos favoráveis ao lockdown, entendendo os prejuízos que podem ser ocasionados com a parada total das atividades econômicas do município, mas diante da situação calamitosa em que o sistema de saúde da região se encontra, não enxergamos outra maneira que não uma atitude dura e eficaz, sendo necessária uma parada completa e de apenas alguns dias da semana (17/03 até 21/03, para posterior reabertura gradual) como feito em Rio Preto (não punindo alguns pequenos comerciantes em detrimento de grandes empresas), de modo a quanto antes acabar com o surto de contaminação, permitindo assim a breve retomada das atividades econômicas de forma integral.
Lembramos que é dever do governo federal, estadual e municipal prover recursos para os que neste momento necessitarem, seja em forma de auxílio emergencial, postergação de contas, linhas de crédito ou mesmo assistência social de nossa prefeitura. Ainda assim, lembramos que desde abril de 2020 contamos com um grupo de voluntários que, junto às doações da empresa e da comunidade, provêm auxílio a mais de 400 famílias necessitadas da região, onde desde então já foram distribuídas 15 toneladas de alimentos, produtos de higiene e vestuário.
Concluímos destacando que, desde o início da pandemia, já destinamos R$ 33.000,00 para o Hospital de Base, referência de atendimento médico na região, ao passo que entre 2010 e 2015, em conjunto com nossos colaboradores, doamos R$ 120.000,00 para a obra do hospital de Mirassol e aguardamos, desde o ano passado, um posicionamento do Lar São Francisco para continuarmos contribuindo.”