Em 2021, mais de 66 mil mulheres no Brasil descobriram ter câncer de mama, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer. As mulheres com mais de 40 anos são o foco principal desta campanha anual por estarem na faixa etária onde os riscos são maiores. O médico mastologista Marcos Miqueletti, do Austa Hospital, no entanto, ressalta que as mais jovens devem se prevenir também, como demonstra estudo realizado no Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo). O estudo constatou o aumento na incidência de câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos.
Em 2020, elas foram 21,8% das pacientes diagnósticas, contra 7,9% em 2009, ou seja o número quase triplicou em 11 anos. Estas mulheres mais novas compuseram os mais de 2,3 milhões de casos de câncer de mama registrados em 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres.
O foco principal continua a ser as mulheres com mais de 40 anos, no entanto, as mais jovens devem estar atentas também, sobretudo porque contam com tecnologia diagnóstica eficaz.
Além da mamografia, a ultrassonografia de mamas e axilas é um dos exames mais recomendados para o diagnóstico precoce e pode ser usado no rastreio do câncer de mama em casos específicos. “A idade para começar a fazer a ultrassonografia pode variar e depende da avaliação do médico. Se descobrirmos o câncer antes que atinja a corrente sanguínea ou linfática , o tratamento será mais simples”, afirma o médico mastologista Marcos Miqueletti, do Austa Hospital.
O Austa Medicina Diagnóstica (AMD) dispõe deste moderno ultrassom, que analisa tanto a região mamária quanto debaixo do braço, onde também podem ser encontradas estruturas que indicam o câncer.
É um exame indolor, no qual a paciente fica deitada em uma maca e o médico desliza o transdutor, que capta as imagens, com o auxílio de um gel na região das mamas.
A duração da análise costuma ser de 20 minutos, mas pode ser mais longa, principalmente se for observado a presença de muitos nódulos e cistos.
O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, Dr. Miqueletti ressalta que a apalpação não substitui o exame clínico das mamas realizado pelo mastologista.
O mastologista do Austa Hospital reitera que, após os 40 anos, a mulher deve realizar o exame preventivo anualmente, como preconiza a Sociedade Brasileira de Mastologia. Segundo ele, existem sinais que revelam a possível existência da doença. “Mudança da cor, da textura e ou espessura da pele da mama, descamação na aréola e o abaulamento ou retração na mama, causado pela existência do nódulo em seu interior, são alguns dos sinais”, pontua Dr. Miqueletti. “A dor também é uma manifestação, porém, geralmente ocorre em estágios mais avançados do câncer”, completa.
Entre os fatores que aumentam possibilidade de a mulher ter câncer de mama estão o fato de ela ter tido câncer de ovário ou na outra mama e a ocorrência de casos na família (mãe, irmã ou filha).
Além da consulta ao médico e exames periódicos, ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar são medidas preventivas importantes.