Mirassolense que sonha em se tornar médica é aprovada no vestibular da Famerp

 

Larissa Hernandes (Foto: arquivo pessoal)

Todo ser humano tem um sonho ou vários deles, somos impulsionados a lutar pelo que acreditamos, é claro que no mundo onde vivemos sonhar não basta e para muitos a triste realidade bate à porta antes, mas alcançar um objetivo é gratificante, mesmo quando ele vem após muito esforço. É o caso da mirassolense Larissa Hernandes Manoel, de 21 anos, que se imagina como médica desde sua adolescência. Mesmo recebendo o apoio da família e tendo uma estrutura ao seu redor, chegar às salas de aula de uma faculdade pública para cursar a graduação que tanto almejou não foi uma jornada fácil, foram anos de estudos, cursinhos, simulados e muita disciplina.

A escolha pela profissão aconteceu em um momento bastante delicado de sua vida, quando ela tinha 11 anos de idade sua mãe, a policial civil Adriana Hernandes, foi diagnosticada com câncer de mama. Ela acompanhou todo o tratamento e conta que desde esse período já despertava dentro dela a admiração pela medicina. Anos depois, ela perdeu uma amiga, que morreu em decorrência da mesma doença, foi quando tomou a decisão de que seguiria carreira médica e de que começaria a lutar por isso a partir de então.

“Quando eu tinha 11 anos, minha mãe foi diagnosticada com câncer de mama. A acompanhei em praticamente todo o tratamento e já despertava em mim a admiração pela medicina. Anos depois, uma querida amiga que fiz na sala de quimioterapia veio a falecer devido ao câncer, esse choque me despertou para a grande decisão de que eu seguiria a carreira médica e começaria a lutar por isso a partir então.”

Larissa Hernandes, estudante do primeiro ano do curso de medicina da FAMERP.

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Desde então, Larissa começou a se preparar para o vestibular, aos 17 anos ingressou no primeiro ano de cursinho e já no fim do mesmo ano realizou as primeiras provas, vieram também as  primeiras frustrações: os resultados foram longe do que ela esperava. “A trajetória foi árdua. No primeiro ano de cursinho eu pensava que passaria logo, não tinha noção da dimensão de um vestibular de medicina pública e chegando no final do ano tive um resultado catastrófico”, conta.

O resultado do vestibular não a fez desistir, foram quatro anos de tentativa até finalmente passar e o resultado não poderia ser melhor, conseguiu uma vaga na Famerp, uma das melhores faculdades do país e pertinho de casa. Ela conta que o que mais a motivou a não desistir foi que ela não tinha uma segunda alternativa de curso para seguir profissão. É importante ressaltar que durante esse período, ela teve o apoio total e incondicional da família, que não a questionava e nem cobrava por resultados, fator primordial para quem está passando por essa fase que já é bastante estressante.

“Logo me matriculei no cursinho de novo e segui… assim, fui enfrentando os “nãos” a cada ano, por quatro anos, porém sempre evoluindo. Foi uma escada de mais de 5 mil degraus, subidos de forma lenta e gradativa. O que mais me motivou a não desistir foi a falta de opção. Isso mesmo. Eu não tinha uma segunda opção, um outro curso que eu pudesse escolher. Tudo que eu analisava e cogitava prestar não me convencia e eu acabava voltando para a medicina. Outra coisa muito importante foi o apoio incondicional que recebi da minha família, nunca me questionaram, nunca me cobraram resultados, eles confiaram no meu esforço e isso foi fundamental”, conta.

A caloura já iniciou os estudos, ela faz parte da LIII (53º) Turma de Medicina e agora está um passo mais próximo de realizar o seu sonho de se tornar médica e poder ajudar as pessoas por meio da profissão.

Larissa Hernandes (foto: arquivo pessoal)

Caloura conta como era sua rotina de estudos e dá dicas para quem está se preparando para o vestibular

A rotina de estudos de Larissa era bastante disciplinada, principalmente devido aos horários do cursinho. Ela entrava nas aulas às 7h e saia às 19 horas. Os estudos de cada matéria eram divididos por dia, ela evitava ao máximo deixar os conteúdos se acumularem. Para se preparar para as redações, ela realizava uma dissertação por semana. Para praticar o tempo dedicado a cada questão e avaliar as áreas que estava com mais dificuldade ela realizava provas antigas, principalmente questões abertas para treinar coesão e objetividade, além de realizar quase todos os simulados disponibilizados.

Contudo, a caloura conta que somente estudar pode não ser o suficiente para passar no vestibular, já que assim como o nosso cérebro, o nosso corpo e a nossa saúde também precisam estar em dia para se dar bem nas provas. Cuidar do psicológico, fazer atividades físicas, ter uma vida social e momentos de lazer são essenciais para que o objetivo possa ser alcançado.

Larissa Hernandes (Foto: arquivo pessoal)

 

“Para todos meus amigos vestibulandos quero dizer que tenham muito foco e determinação. Se realmente é seu sonho, esteja disposto a qualquer esforço para alcançá-lo, porque nada é mais recompensador. Estudem muito, mas cuidem sobretudo da sua saúde mental (psicólogo, meditação, psiquiatra), façam atividade física, não deixem de ter vida social (saiam com seus amigos aos fins de semana, reúnam-se com suas famílias), tenham momentos de lazer como uma recompensa, porque você merece!! Resolvam provas antigas, façam muita redação e tirem todas as dúvidas. Deem valor aos erros dos simulados porque são eles que irão te orientar sobre o que falta estudar”, conclui Larissa Hernandes.