O AVC (acidente vascular cerebral) é uma doença que ocorre de forma súbita, causada pela formação de coágulos que interrompem o fluxo sanguíneo cerebral (AVCi) ou por derramamento de sangue para o tecido cerebral (Derrame ou AVC hemorrágico). Por isso, quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de evitar ou minimizar sequelas. “Ao passar pela avaliação médica o quanto antes, o médico poderá interromper ou atenuar o processo de morte de neurônios, reduzindo assim a chance de morte ou sequelas, garantindo ao paciente uma recuperação mais rápida”, explica a médica neurologista Marina Mamede Pozo, do Austa Hospital, de Rio Preto.
Para atender de modo adequado um paciente com AVCi, o Austa Hospital dispõe de equipes capacitadas e disponíveis 24 horas por dia para a identificação precoce e o atendimento ágil dos casos. A partir do momento em que o paciente chega ao hospital e a triagem identifica o caso como possível AVC, ele é atendido por um médico que solicita os exames necessários ao diagnóstico preciso. Neste processo, diversas equipes, como de radiologia, neurologia e neurocirurgia, são acionadas.
Existem diversas terapias a serem realizadas, desde medicações (terapia trombolítica) até atendimento em hemodinâmica (angiografia e trombectomia mecânica), a depender do caso.
Sintomas do Acidente Vascular Cerebral
Os sintomas mais comuns do acidente vascular cerebral são a boca torta, traduzida pela assimetria do sorriso, dificuldade de andar ou movimentar o braço (não conseguindo abraçar por exemplo) ou falar uma mensagem ou música, sintomas que foram traduzidos na sigla S.A.M.U (Se Não conseguir SORRIR, ABRAÇAR ou CANTAR UMA MÚSICA, CHAME O SAMU COM URGÊNCIA). Porém, os sintomas podem ser variáveis, como tonturas, alteração no equilíbrio (“andar como bêbado”), dificuldade para falar e/ou entender, alteração do movimento e/ou da sensibilidade em uma parte do corpo. Dor de cabeça intensa e súbita, alteração da visão, como visão dupla e/ou dificuldade para enxergar também podem ocorrer. Mais raramente, de forma isolada, náusea/vômito, dificuldade para engolir e/ou perda da consciência (desmaio).
Tipos de AVCs
Existem dois tipos principais:
– o AVC Isquêmico, mais comum, que ocorre quando um vaso que irriga o cérebro é bloqueado;
– AVC Hemorrágico, que ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo, causando sangramento dentro ou ao redor do cérebro.
AVC é a segunda principal causa de morte no país
“Infelizmente o AVC é a segunda causa de morte e principal causa de incapacidade no país e pode afetar a população em proporção de uma pessoa afetada para cada quatro que sofrem o AVC. A doença ocorre, em sua maioria, por complicações de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, dislipidemia (colesterol alto), obesidade, sedentarismo e apneia do sono. Além disso, arritmias cardíacas, problemas genéticos, uso de medicações e até a infecção por vírus como visto na COVID 19 podem levar a doença. Neste caso, a prevenção através do tratamento adequado dos fatores de risco é fundamental”, explica a neurologista.
Tratamento para quem teve um AVC
O tratamento se divide em tratamento de fase aguda e linha de cuidado do AVC. Quando o evento acontece, procurar a emergência para acionamento do chamado “código AVC” é muito importante.
Volto a ressaltar ser importante o atendimento por equipes capacitadas, como existem no Austa Hospital e no Hospital de Base de Rio Preto, disponíveis 24 horas por dia para a identificação precoce e o atendimento ágil dos casos.
No tratamento, como já dito, pode ser realizada a terapia trombolítica, quando o paciente é atendido com até quatro horas e meia dos sintomas e é feita a medicação para quebra do coágulo, ou a trombectomia mecânica.
Normalmente, após o evento, o paciente fica internado por alguns dias para controle de pressão, glicemia e complicações que podem ocorrer, como sangramentos ou aumento da pressão intracraniana. Além disso, há aumento do risco de infecções como pneumonia por aspiração (engasgos), que devem ser tratadas de forma rápida e no início.
São envolvidos diversos profissionais no processo e na reabilitação; Após a alta, manter acompanhamento com fonoaudiólogos, fisioterapeutas, neurologista e fisiatra é fundamental.