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Política Internacional: agora na África – por José Ricardo

Destino: Capital Nairóbi-Quênia

Política Internacional | Por José Ricardo

A falta de tempo motivada por um novo trabalho me fez ficar algum tempo sem escrever. Sou agora morador do continente Africano. Por motivos profissionais estou vivendo no Quênia, mas continuo observando o que acontece nos outros continentes.

Agora na África, por José Ricardo (Imagem: divulgação)
Agora na África, por José Ricardo (Imagem: divulgação)

Me entristece ter ficado tanto tempo sem escrever, pois muitas coisas interessantes aconteceram desde a última coluna que  preparei. O Reino Unido teve resultados surpreendentes em sua eleição surpresa, com o país indo politicamente para a esquerda de uma forma que quase ninguém poderia prever a dois meses atrás. A França tem um novo presidente, que venceu as eleições se aproveitando de uma certa desilusão dos franceses com os partidos políticos tradicionais. A boa notícia é que a candidata de direita extrema, aquela que usa o ódio como forma de conseguir votos, foi derrotada.

Donald Trump decidiu que os Norte Americanos não se importam mais com o efeito estufa e o aquecimento global. Ele realmente acredita que se o planeta ficar inabitável, os EUA terá dinheiro suficiente para levar todos seus moradores para um planeta limpo que será descoberto pela Nasa. A Cataluña insiste em fazer um plebiscito para se tornar indepentente da Espanha. Países do Oriente Médio levantam sanções contra o Catar por considerar que o país ajuda a financiar terroristas.

Ou seja, o mundo continua se transformando todos os dias!

Na África, a pouco tempo posso dizer logo que as pessoas são simplesmente normais. O lugar é pobre, o tráfico nas cidades é muitas vezes caótico e desorganizado, mas o clima é agradável e a vida segue normalmente. Temos energia elétrica sem interrupções, internet com sinal lento, belos cenários naturais, algumas pessoas com muito dinheiro e muitas pessoas vivendo com recursos bem limitados.

O Quênia foi colônia do Reino Unido até 1963. É um pais com aproximadamente de 45 milhões de habitantes, o que seria comparável as nossas vizinhas Argentina e Colombia. Desde 1964 o Quênia é uma republica relativamente estável.

As eleições de 2007 registraram alguns conflitos, motivados principalmente pela rivalidade entre grandes tribos indigenas que não admitiam ser governadas por representantes de outras tribos. No Quênia e em toda a África a presença de corporações chinesas é algo que impressiona. Bancos de desenvolvimentos chineses que se assemelham ao BNDS brasileiro, financiam projetos de infraestrutura em quase todos os países africanos, em contrapartida  ficam responsáveis pela construção.

Ferrovia Mombassa-Nairobi. Financiamento Chinês

Essa estratégia favorece que bens de consumo sejam importados da China gerando negócios e divisas para aquele país. A África, é claro, não é só negócio e política, existe um mundo novo e muitas coisas diferentes que um Latino Americano precisa aprender e conhecer. Espero poder relatar esssas experiências aqui e ao longo do tempo contar o  que essa familia de mirassolenses está aprendendo com sua estadia no continente.

Ferrovia Mombassa-Nairobi (Foto: divulgação)

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