Uma passarela em Mirassol, que liga o bairro Karina e Beija-Flor, está em péssimas condições de uso e na semana passada acabou fazendo uma vítima. Um menino de oito anos que mora nas proximidades estava em cima do espaço soltando pipa, quando caiu em um buraco que tem no local, onde o concreto se soltou.
A mãe da criança, Maria Antonia, conta que o filho se machucou e explica que só não aconteceu o pior porque os coleguinhas que estavam juntos o ajudaram.
“Está um buraco enorme no local, ele ficou enroscado e os coleguinhas socorreram ele, pegaram ele pelos bracinhos e depois o maiorzinho puxou ele. Eu nem sei o que poderia ter acontecido com o meu filho, porque foi muito grave. Se ele tivesse caído de uma altura daquela, na linha de trem, eu não quero nem pensar o que poderia ter acontecido”, conta a mãe.
Responsabilidade
O Mirassol Conectada entrou em contato com a Prefeitura, que emitiu uma nota esclarecendo que a passarela está implantada na faixa de domínio ferroviária que está sob concessão. Sendo assim, sua conservação e manutenção é de responsabilidade da concessionária que administra a malha férrea.
“Em relação à utilização da passarela por motociclistas, o Departamento de Trânsito dialogará junto à concessionária no sentido de verificar quais medidas de segurança poderão ser adotadas para assegurar que a passagem seja utilizada exclusivamente por pedestres, que é a sua finalidade.”, conclui o texto emitido pelo município.
Já a empresa Rumo, apontada pela Prefeitura como responsável pela estrutura que passa a ferrovia, afirmou em uma nota à imprensa que “A referida passarela não se encontra na lista de bens arrendados pela concessionária. Dessa forma, não é de responsabilidade da empresa realizar sua manutenção. Além disso, vale ressaltar que a passarela é uma edificação de mobilidade urbana, cabendo ao município qualquer intervenção no local” – afirma a nota.
A Prefeitura foi procurada para comentar as declarações da empresa Rumo na terça-feira da semana passada, dia 16 de julho, mas até o fechamento desta matéria a nossa reportagem não obteve nenhum retorno.
A passarela é para uso de pedestres, para que os moradores não precisem se arriscar a passar pela linha de trem. Muitos estudantes e trabalhadores utilizam o local, ciclistas e até motociclistas também passam por lá. A passagem tem aproximadamente dez metros de altura e é feita de concreto e ferro fundido. Muitos blocos já se desprenderam e os ferros estão se soltando, o que coloca em risco a vida de quem faz uso do local.
O caso repercutiu nas redes sociais, após a história ser contada por uma vizinha da criança. Durante a sessão legislativa da semana passada, o vereador Ademir Massa (PHS) também questionou sobre de quem é a responsabilidade pelo local. Ele afirmou que iria entrar em contato com o setor de obras do município, para verificar a possibilidade de manutenção.