São Paulo é o estado mais seguro do Brasil, segundo Atlas da Violência 2021

Território paulista registra as menores taxas de homicídio do país, em todos os grupos populacionais, em 2019

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Os indicadores de violência no Brasil, apresentados pelo Atlas da Violência 2021, confirmam que São Paulo é o estado mais seguro para se viver no país. O documento divulgado na terça-feira (31) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) confirma as tendências reveladas mensalmente pelas estatísticas criminais disponibilizadas pela SSP.

O relatório aponta que São Paulo tem as menores taxas de homicídios entre todas as unidades da federação, sendo o estado mais seguro para pessoas de todas as faixas etárias, para as mulheres e para a população negra.

Outro dado importante confirmado mais uma vez pelo estudo é que São Paulo permanece com números bem abaixo da média nacional. Enquanto a taxa de homicídios no Brasil, em 2019, ficou em 21,7 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, no território paulista o indicador anual fechou em 7,3.

No cenário de violência contra a juventude, grupo populacional apontado pelo relatório como o de maior risco em todo o planeta, os números de São Paulo estão ainda mais expressivos, em comparação com a média nacional. A taxa brasileira ficou em 45,8 para cada 100 mil habitantes, enquanto a paulista foi de 12,5.

Na avaliação dos indicadores de violência contra a mulher, São Paulo fechou 2019 com taxa de 1,7 morte para cada grupo de 100 mil habitantes, a metade da média nacional, que foi de 3,5. O estado paulista, que historicamente é pioneiro no desenvolvimento e na implantação de políticas públicas em defesa da mulher, permanece com os menores índices de violência contra a mulher do Brasil.

Nas proporções por raça/cor, os resultados apurados pelo Atlas foram semelhantes. São Paulo tem a menor taxa de homicídios de negros do Brasil, que também é significativamente menor do que a média nacional. A taxa paulista foi de 9,1 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto que a média nacional ficou em 29,2.

Outros fenômenos avaliados pelo Atlas da Violência 2021 confirmam o pioneirismo de São Paulo no desenvolvimento de políticas públicas de segurança: a violência contra a população LGBTQI+ e contra pessoas com deficiência. Além de já possuir protocolos de atendimento específico para esse grupo populacional em todas as delegacias do estado e uma rede de DDMs (Delegacia de Defesa da Mulher), São Paulo lançou novos serviços em agosto de 2021 para aprimorar o acesso das pessoas aos serviços de segurança.

No dia 26, o governador João Doria lançou a Delegacia da Diversidade Online para ampliar o combate à intolerância e também determinou que as Divisões Especializadas de Investigações Criminais (Deics) do Interior passem a investigar crimes relacionados à raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, orientação sexual ou identidade de gênero.

Em 9 de agosto, o governador assinou decreto que autoriza a implantação de Centros de Apoio Técnico (CAT) em unidades da Polícia Civil para aprimorar o atendimento especializado de pessoas com deficiência vítimas de violência. O programa deverá ser desenvolvido com base nas estatísticas criminais e será desenvolvido em parceria da SSP com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Foto: Reprodução