Zoológico de Rio Preto registra raro nascimento de antas gêmeas

São quatro os filhotes da espécie nascidos no Zoo em menos de dois anos

O Zoológico Municipal de Rio Preto, órgão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, comemora o nascimento raro de filhotes gêmeos de anta (Tapirus terrestris). Os gêmeos bivitelinos, um macho e uma fêmea, nasceram no último dia 22 de fevereiro, resultado de cruza e parto natural.

A fêmea nasceu com 6,920kg e o macho com 4,445kg. Ambos estão bem de saúde, mamam e comem alguns alimentos mais palatáveis, como mamão, banana e melão. O objetivo é que, depois de desmamados, os animais sejam encaminhados para uma área de soltura na cidade de Descalvado (SP). De acordo com técnicos do Zoo, o nascimento de gêmeos é um evento não muito comum entre as antas, por este motivo foi muito comemorado.

Com os gêmeos, agora são quatro os filhotes de anta nascidos no Zoológico de Rio Preto em menos de dois anos. Em agosto de 2019, nasceu uma fêmea e em dezembro de 2020, um macho. Os filhotes são resultado da cruza de um casal de antas, que vive no local. A gestação da espécie dura em média 13 a 14 meses.

Os pais são uma fêmea nascida no Zoo e o macho foi resgatado pela Polícia Ambiental em Irapuã (SP). Ele foi trazido ao Zoológico em janeiro de 2019. Tinha sido encontrado filhote e criado, por trabalhadores, em uma fazenda de laranja da região. Com os gêmeos, este é o quarto filhote gerado pelo mesmo macho.

O Zoo agora conta com sete antas e é uma das instituições que trabalham na conservação da espécie, nativa brasileira, para sua reprodução em cativeiro, visando manutenção da diversidade genética e o futuro repovoamento de áreas, onde se torna escassa ou extinta.

Sobre a espécie
Animal símbolo do Zoológico de Rio Preto, a anta aparece na nova logomarca do Zoobotânico, por sua importância no meio ambiente: é uma grande dispersora de sementes, conhecida como jardineira da floresta.

A anta (Tapirus terrestris) é o maior mamífero herbívoro do Brasil e pertence à família Tapiridae. O animal de grande porte pode medir até dois metros de comprimento e pesar até 250 quilos. Tem focinho alongado que lembra uma pequena tromba.

Assume coloração marrom-acinzentada com o crescimento, mas nasce com predomínio da cor marrom e listras e pintas claras. A face é mais clara, as pernas são curtas e negras. Alimenta-se de galhos, gramíneas, plantas aquáticas, cascas de árvores, folhas de palmeiras e também frutos.

Vive entre a vegetação da floresta e geralmente procura alimento em matas e pastos, ao anoitecer. A anta é excelente nadadora. Pode ser avistada atravessando lagos e rios. Costuma ainda banhar-se em poças e até se esconder.

A espécie ocorre na Venezuela, Colômbia, no Paraguai, Norte da Argentina, leste dos Andes e também no Brasil. É um animal ameaçado de extinção.