Prefeitura diz que paralisação de servidoras é ilegítima

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Concentração inicial da manifestação começou na concha acústica (Foto: Divulgação/Valdecir Gerotto)

Foi realizada na manhã desta quarta-feira, 27, uma paralisação coletiva das berçaristas e monitoras da Rede Municipal de ensino de Mirassol. As servidoras protestaram em frente à Prefeitura, elas reivindicavam melhorias nas condições de trabalho e também o Piso Nacional do Magistério. A concentração das servidoras teve início às 09h, em frente à Concha Acústica e durou praticamente a manhã toda.

Com palavras de ordem como “Trabalhar com criança é coisa séria, valorize o magistério” dezenas de profissionais foram acompanhadas de perto por munícipes, emissoras de televisão da região e outras pessoas. A Polícia Militar também esteve presente e acompanhou de perto a manifestação, que terminou sem nenhuma confusão.

Questionada no início da semana sobre a manifestação, que foi previamente anunciada com um ofício enviado à Câmara na semana passada, a Prefeitura de Mirassol respondeu por meio de sua Assessoria de Imprensa que o protesto das profissionais “não tem amparo legal” e que, portanto, trata-se de uma “paralisação ilegítima”.

Protestos se concentraram em frente à Prefeitura e reivindicavam melhorias para a categoria (Foto: Divulgação/Valdecir Gerotto)

Na mesma nota emitida pela Prefeitura, que não responde a nenhuma das principais questões levantadas pela redação do Mirassol Conectada, é afirmado que a paralisação gerou prejuízos às crianças atendidas nas creches, aos professores e também aos pais. Das 117 berçaristas e monitoras da rede municipal, 82 assinaram um documento que foi enviado à Câmara na semana passada informando sobre a manifestação.

Confira a resposta da Prefeitura na íntegra:

“Paralisação ilegítima de berçaristas e monitoras

A Prefeitura de Mirassol esclarece que a paralisação realizada por berçaristas e monitores, hoje (27), não tem amparo legal e está gerando prejuízos às crianças atendidas nas creches municipais, aos professores que atuam nessas unidades, bem como aos pais ou responsáveis que, por ventura, não puderam levar as crianças às creches. 

Dos 114 berçaristas e monitores que trabalham nas 9 creches municipais, 81 comunicaram a Prefeitura que deixariam de cumprir as suas obrigações funcionais.  

A decisão de berçaristas e monitores de cruzar os braços está atingindo todo o sistema educacional do município, pois, estão sendo necessários esforços para minimizar os efeitos negativos causados pela paralisação ilegítima desses profissionais. 

A Prefeitura salienta que a atual administração não tem medido esforços para valorizar cada vez mais a educação municipal e tem investido muitos recursos nas estruturas físicas, na aquisição de mobiliário, livros, brinquedos e equipamentos e da parte pedagógica de creches e escolas”